Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 10 de 10
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e246660, 2023.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1422419

RESUMO

Objetivamos reconstruir, por meio das vozes de mães de jovens negros mortos em ações policiais, a subtração da vida de seus filhos em contínuas políticas que precarizavam suas existências ao negar-lhes direitos básicos e cidadania. Participaram desta pesquisa seis mães. As conversas com elas, após cuidadosa aproximação, se iniciaram com a pergunta disparadora: "Como você gostaria de contar a história do seu filho?". Para subsidiar nossas análises, tomamos como centrais a articulação teórica e política das noções de genocídio negro e de necropolítica. Este artigo evidencia que, entre o nascimento e a interrupção da vida por balas que atravessam o corpo como um alvo predestinado, o racismo constrói trilhos de precarização da vida que a torna cada vez mais abjeta, vulnerável e descartável, conduzindo à morte precoce, ainda que preveníveis, de jovens negros, principalmente, residentes em periferias e favelas. Nesta discussão, fomentamos uma visão menos compartimentalizada das múltiplas políticas genocidas, trazendo para o diálogo outras políticas públicas, para além da segurança pública. Abordamos um continuum de produção e legitimação de mortes de jovens negros, centrando nossas análises nas formas de apagamento social e institucional desses jovens, que ocorreram anteriormente à morte física, de modo a desqualificar suas vidas. Esses processos contribuem para que a política de segurança pública extermine vidas de jovens negros sem causar ampla comoção social, a devida investigação criminal e, portanto, a responsabilização do Estado, pois já eram vidas mutiladas e desumanizadas em suas existências.(AU)


We aim to reconstruct, with the voices of mothers of young black people killed in police actions, the subtraction of their children's lives in continuous policies that undermined their existence by denying them basic rights and citizenship. Six mothers participated in this research. The conversations with them, after a careful approach, began with the triggering question: "How would you like to tell your child's story?". To support our analyses, we take as central the theoretical and political articulation of the notions of black genocide and necropolitics. This article shows that, between the birth and the interruption of life by bullets that pass through the body as a predestined target, racism builds trails of precariousness of life that makes it increasingly more abject, vulnerable, and disposable, leading to premature death, even if preventable, of young black people, mainly, living in suburbs and slums. In this discussion, we foster a less compartmentalized view of multiple genocidal policies, bringing to the dialogue other public policies, in addition to public safety. We approach a continuum of production and legitimization of deaths of young black people, centering our analysis on the forms of social and institutional erasure of these young people, which occurred before physical death, to disqualify their lives. These processes contribute to the public security policy to exterminate the lives of young black people without causing widespread social upheaval, due criminal investigation, and, thus, the accountability of the State, since they were already mutilated and dehumanized lives in their existence.(AU)


El objetivo de este artículo es reconstruir, a través de las voces de las madres de jóvenes negros asesinados en acciones policiales, la sustracción de la vida de sus hijos en políticas continuas que socavaron su existencia al negarles derechos básicos y ciudadanía. Seis madres participaron en esta investigación. Las conversaciones con estas madres, después de un enfoque cuidadoso, comenzaron con la pregunta desencadenante: "¿Cómo le gustaría contar la historia de su hijo?". Para apoyar el análisis, se tomó como eje central la articulación teórica y política de las nociones de genocidio negro y necropolítica. Este artículo muestra que, entre el nacimiento y la interrupción de la vida por balas que atraviesan el cuerpo como fin predestinado, el racismo construye senderos de precariedad de la vida que la hace cada vez más abyecta, vulnerable y desechable, conduciendo a una muerte prematura, incluso prevenible, de jóvenes negros, principalmente, residentes en la periferia y favelas. Esta discusión fomenta una visión menos compartimentada de múltiples políticas genocidas, llevando al diálogo otras políticas públicas, además de la seguridad pública. Se acerca a un continuo de producción y legitimación de muertes de jóvenes negros, centrando el análisis en las formas de borrado social e institucional de estos jóvenes, ocurridas antes de la muerte física, para descalificar sus vidas. Tales procesos contribuyen a la política de seguridad pública para exterminar la vida de los jóvenes negros sin provocar un gran revuelo social, la debida investigación criminal y, en consecuencia, la rendición de cuentas del Estado, pues ya eran vidas cuya existencia era mutilada y deshumanizada.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Política Pública , Mulheres , Adolescente , Racismo , Genocídio , Preconceito , Psicologia , Bode Expiatório , Justiça Social , Problemas Sociais , Apoio Social , Fatores Socioeconômicos , Sociologia , Violência , Trabalho Infantil , Alimentação de Emergência , Sistema Único de Saúde , Brasil , Luto , Drogas Ilícitas , Defesa da Criança e do Adolescente , Política Nutricional , Colonialismo , Estatística , Direito Penal , Ameaças , Saúde do Adolescente , Denúncia de Irregularidades , Desumanização , Desastres , Escolaridade , Emprego , Ética , Medo , Estigma Social , Discriminação Social , Escravização , Consumo de Álcool por Menores , Comportamento de Busca de Ajuda , Ativismo Político , Fracasso Acadêmico , Liberdade , Asco , Respeito , Empoderamento , Vulnerabilidade Social , Cidadania , Homicídio , Direitos Humanos , Renda , Ira , Solidão , Mães
2.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 22(4): 1479-1498, dez. 2022.
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1428528

RESUMO

A relação entre racismo, subjetividade e o trauma colonial tem, cada vez mais, ocupado os debates no campo dos estudos e pesquisas em Psicologia. Este artigo tem como foco os processos de subjetivação, levando em consideração a relação entre racismo, gênero e o trauma colonial, bem como as agências possíveis que emergem nas vidas das mulheres negras ativistas. Adotando a interseccionalidade enquanto lente epistemológica e metodológica negra, os discursos e práticas de mulheres que fazem parte do Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro assumem aqui o protagonismo, compondo um espaço perpassado por agências políticas de re-existência e reivindicação de falas, escutas e ações de mulheres negras. Pode-se considerar, a partir da atuação no Fórum, que a consciência e a participação em uma instituição coletiva política feminina negra atuam como forças impulsionadoras, tanto em espaços públicos, pressionando o poder do Estado, quanto formando as mulheres negras nos/para espaços microcapilares e cotidianos. Foi possível perceber como a agência das mulheres negras possibilita formas de devolver o trauma colonial ao mundo através de uma mística quilombola coletiva pelo bem viver.


The relationship between racism, subjectivity and colonial trauma has increasingly been debated in the field of studies and research in Psychology. This paper focuses on the processes of subjectivation, taking into account the relationship between racism, gender, and colonial trauma, as well as the possible agencies that emerge in the lives of black women activists. We adopt intersectionality as a black epistemological and methodological lens. The discourses and practices of women who are part of the State Forum of Black Women of Rio de Janeiro assume the leading role in this study, creating a space permeated by political agencies of re-existence and demand for black women's voices, listening, and actions. It can be considered, from the performance in the forum, that consciousness and participation in a collective black female political institution act as a driving force both in public spaces, as pressure on the power of the State, as well as preparing black women for microcapillary and everyday spaces. Therefore, it was possible to perceive how the agency of black women can return the colonial trauma to the world through a collective mystic quilombola for "good living".


La relación entre racismo, subjetividad y trauma colonial ha ocupado cada vez más los debates dentro del campo de estudios y investigaciones en Psicologia. Este artículo tiene por foco los procesos de subjetivación, tomando en cuenta la relación entre racismo, género y trauma colonial, así como las agencias críticas posibles que emergen en la vida de las mujeres negras activistas. Tomando la interseccionalidad como lente epistemológica y metodológica negra, los discursos y prácticas de mujeres que hacen parte del Fórum Estadual de Mujeres Negras de Rio de Janeiro asumen aquí el protagonismo, formando un espacio, permeado por agencia política de re-existencia y reivindicación de palabras, escuchas y acciones de mujeres negras. Se puede considerar a partir de la actuación en el Fórum que la consciencia y participación en una institución colectiva política femenina negra, actúan como fuerzas impulsoras tanto en espacios públicos, presionando el poder del Estado, así como formando mujeres negras en y para espacios microcapilares y cotidianos. Fue posible percibir como la agencia crítica de mujeres negras posibilita formas de devolver el trauma colonial al mundo a través de una mística cimarrona colectiva por el bien vivir.


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres , Colonialismo , População Negra , Racismo , Ativismo Político , Identidade de Gênero , Brasil , Enquadramento Interseccional , Quilombolas , Acontecimentos que Mudam a Vida
3.
Psicol. ciênc. prof ; 42: e235483, 2022. graf
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1360642

RESUMO

A presente produção versa sobre as consequências do racismo na saúde mental das mulheres negras integrantes do Movimento de Mulheres Dandara do Sisal (MMNDS), atuante no Território do Sisal, na Bahia. A intersecção de raça e gênero fomentou a organização do movimento, já que o gênero influi no racismo e a cor, no machismo; além do fato de as mulheres negras serem alvos de racismo e sexismo desde o período da escravização. A abordagem metodológica utilizada foi a descritiva-qualitativa, cujos métodos de coleta de dados foram entrevistas semiestruturadas com seis mulheres negras e observação participante de ações e atividades do movimento Dandara do Sisal. As entrevistadas relataram o racismo, a discriminação e o preconceito raciais que sofreram em suas trajetórias em diferentes espaços e instituições sociais: família, escola, universidade/faculdade, mercado de trabalho, dispositivos de saúde pública etc. Ser vítima de tais violências reflete negativamente na identidade negra, autoestima, subjetividade e saúde mental das atrizes sociais. Elas descreveram o sofrimento psíquico da exclusão social e a importância de estarem em movimento como estratégias de fortalecimento mental e enfrentamento ao racismo. Entende-se a Psicologia, enquanto ciência e profissão, como importante na luta antirracista, pois as consequências deletérias do racismo ameaçam a saúde mental e as subjetividades das mulheres e população negras.(AU)


This article discusses the consequences of racism on the mental health of black women members of the Dandara of Sisal Black Women Movement (MMNDS), which acts in the territory of Sisal, Bahia. The intersection of race and gender has fostered the movement's creation due to the gender impacting racism and the race affecting the sexism; as well as the fact that black women are victim of racism and sexism since the period of slavery. The methodological approach was qualitative and descriptive, with data collection methods by semi-structured interviews with six black women activists and participant observation of the Dandara of Sisal movement actions and activities. The women reported the racism, racial discrimination and prejudice that they suffered in their lives in different spaces and social institutions: family, school, university, job market, public health mechanisms etc. Being victim of such violence reflects negatively on the black identity, self-esteem, subjectivity, and mental health of these social actresses. They described the psychic suffering of social exclusion and the importance of being in the movement as strategies for mental empowerment and fight against the racism. Psychology is understood, as science and profession, as important in the anti-racist cause, since the deleterious effects of racism threaten the mental health and the subjectivity of black women and people.(AU)


Este texto se centra en las consecuencias del racismo en la salud mental de las mujeres negras miembros del Movimiento de Mujeres Negras Dandara do Sisal (MMNDS) que actúan en el Territorio do Sisal, en Bahía (Brasil). La intersección entre raza y género ha fomentado la organización del movimiento, ya que el género influye en el racismo, y el color en el machismo, además de que las mujeres negras han sido objeto de racismo y sexismo desde el período de la esclavitud. El enfoque metodológico utilizado fue descriptivo y cualitativo, para la recolección de datos se aplicaron entrevistas semiestructuradas con seis mujeres negras y la observación participante de acciones y actividades del movimiento Dandara do Sisal. Las entrevistadas denunciaron racismo, discriminación y discriminación racial, que sufrieron en sus trayectorias en diferentes espacios e instituciones sociales: familia, escuela, universidad/colegio, mercado laboral, dispositivos de salud pública, etc. Ser víctima de este tipo de violencia refleja negativamente en la identidad negra, la autoestima, la subjetividad y la salud mental de las actrices sociales. Las militantes describieron el sufrimiento psíquico de la exclusión social y la importancia de estar en un colectivo como estrategia para el fortalecimiento mental y la lucha contra el racismo. Se entiende que la Psicología, mientras ciencia y profesión, es importante en la lucha antirracista, ya que las consecuencias nocivas del racismo amenazan la salud mental y las subjetividades de las mujeres negras y la población negra.(AU)


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres , Saúde Mental , População Negra , Racismo , Psicologia , Fatores Socioeconômicos , Violência , Família , Cor , Feminismo , Sexismo , Discriminação Social , Escravização , Androcentrismo , Empoderamento
4.
RECIIS (Online) ; 15(2): 294-300, abr.-jun. 2021. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1254582

RESUMO

Esta nota discute a ausência dos quesitos cor/raça e gênero nos boletins epidemiológicos da Covid-19 e como essa omissão está articulada ao modo como se operacionaliza o racismo no Brasil. Coloca-se em evidência a apropriação da identidade racial e de gênero por alguns estados brasileiros que ganharam visibilidade midiática, como sendo solidários, ao iniciarem a campanha de vacinação com mulheres negras, grupo social mais vulnerável. É o jogo da dissimulação, em que se evidencia a raça/gênero na aparência, embora essas variáveis não sejam consideradas no enfrentamento da pandemia.


This note discusses the non-inclusion of information about color/race and gender in Covid-19 epidemiological reports and how this omission is related to the way that the racism is operated in Brazil. It highlights the racial and gender identity appropriation by some Brazilian states, which have gained media visibility as sympathetic governments to Black women, by starting the vaccination campaign with them, an extremely vulnerable social group. It is like a confidence trick, in which race and gender are in the spotlight, although these features are not considered in the fight against the pandemic.


Esta nota discute la ausencia de las informaciones sobre cor/raza y género en los boletines epidemiológicos de la Covid-19 y como esa omisión se encuentra articulada al modo en que se opera el racismo en Brasil. Destaca la apropiación de la identidad racial y de género por parte de algunos estados brasileños que han ganado visibilidad mediática, vistos como solidarios, puesto que han iniciado la campaña de vacunación con algunas mujeres negras, el grupo social más vulnerable. Es el juego del disimulo, por lo cual es evidenciada la raza/género en la apariencia, sin embargo esas variables no sean tenidas en cuenta en el enfrentamiento a la pandemia.


Assuntos
Humanos , Fatores Socioeconômicos , Cor , Infecções por Coronavirus , Racismo , Identidade de Gênero , Brasil , Publicidade Direta ao Consumidor , Saúde das Minorias Étnicas
5.
Psicol. soc. (Online) ; 33: e224920, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1279593

RESUMO

Resumo Transição capilar é o processo de abdicação de alisamentos químicos ou físicos dos cabelos, reassumindo suas texturas naturais. A presente pesquisa, de natureza qualitativa, visou a investigar a construção dos sentidos de identidade em mulheres negras que passaram pela transição capilar. Participaram do estudo 12 mulheres negras com idades compreendidas entre 18 e 34 anos. Para a coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas que foram analisadas através da análise de posicionamento. A transição capilar mudou a forma de posicionamento em relação a si, ao cabelo, à sociedade e à construção da autoimagem. Além de elucidar o processo de reafirmação identitária das interlocutoras, o estudo fomenta a discussão do racismo na sociedade brasileira, ao tratar da desvalorização da estética negra e, por conseguinte, do enaltecimento da branquitude.


Abstract Hair transition is the process of abdicating chemical or physical hair straightening, resuming its natural textures. This qualitative research aimed at investigating the construction of the meanings of identity in black women who went through the hair transition. Twelve black women between the ages of 18 and 34 participated in the study. For the data collection, semi-structured interviews were used and analyzed through the positioning analysis. Hair transition has changed the way of positioning towards itself, hair, society and the construction of self-image. In addition to elucidating the identity affirmation process of the interviewees, the study instigates the discussion of racism in Brazilian society, by dealing with the devaluation of black aesthetics and, therefore, the praise of whiteness.


Resumen La transición capilar es el proceso de abdicar del alisado químico o físico del cabello, retomando sus texturas naturales. La presente investigación, de carácter cualitativo, tuvo como objetivo investigar la construcción de los significados de la identidad en mujeres negras que atravesaron la transición capilar. Participaron del estudio doce mujeres negras de entre 18 y 34 años. Para la recolección de datos se utilizaron entrevistas semiestructuradas, las cuales fueron analizadas mediante análisis de posicionamiento. La transición capilar cambió la forma de posicionamiento en relación con una misma, el cabello, la sociedad y la construcción de la autoimagen. Además de dilucidar el proceso de afirmación identitaria de las interlocutoras, el estudio fomenta la discusión del racismo en la sociedad brasileña, al abordar la devaluación de la estética negra y, por tanto, el elogio de la blancura.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Mulheres/psicologia , População Negra , Racismo , Construção Social da Identidade Étnica , Cabelo/crescimento & desenvolvimento , Autoimagem , Estética , Narrativa Pessoal
6.
Movimento (Porto Alegre) ; 27: e27006, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1154951

RESUMO

The field of research on women's football has grown in Brazil in the past two decades. However, there is still a gap related to how class and race intersect gender in the constitution of that practice. To fill this gap, we analyzed the 2015 National Household Sample Survey's Special Sports Supplement, based on descriptive and inferential statistics. We describe the profiles of women who play football in contemporary Brazil and compare them to those of men and other women who play sports other than football. Our results indicate that, in comparison to what occurs with women who practice sports in general, class and race have the opposite impact on adherence to football. The majority of women who practice football come from the lower classes and are black. By indicating this relationship, we demonstrate the need to promote racial equality, diversity, and inclusion of black women's football narratives in Brazil.


El campo de investigación sobre el fútbol de mujeres ha crecido en Brasil en las últimas dos décadas. Sin embargo, todavía existe una laguna sobre cómo marcadores sociales, como clase y raza, tienen intersección con el género en la constitución de esta práctica. Para subsanar esa falta, analizamos, con base en estadística descriptiva e inferencial, el suplemento especial sobre deporte de la PNAD 2015. Así, describimos el perfil de las mujeres que juegan al fútbol en el Brasil contemporáneo y lo comparamos con relación a los hombres y a las demás mujeres que practican deportes distintos al fútbol. Nuestros resultados indican que, en comparación con lo que ocurre con las mujeres que practican deportes en general, clase y raza impactan de manera opuesta cuando se trata del fútbol. La mayoría de las mujeres que practican el fútbol provienen de clases bajas y son negras. Al señalar esta relación, demostramos la necesidad de ennegrecer las narrativas sobre el fútbol femenino en Brasil.


O campo de pesquisas sobre o futebol de mulheres cresceu no Brasil nas últimas duas décadas. Contudo, há ainda uma lacuna sobre como marcadores sociais, como classe e raça, interseccionam o gênero na constituição dessa prática. Para preenchê-la, analisamos, com base em estatística descritiva e inferencial, o suplemento especial sobre esporte da PNAD de 2015. Assim, descrevemos o perfil das mulheres que jogam futebol no Brasil contemporâneo e o comparamos em relação aos homens e às demais mulheres que praticam esportes diferentes do futebol. Nossos resultados apontam que, em comparação ao que ocorre com mulheres que praticam esporte em geral, classe e raça impactam de forma oposta na adesão ao futebol. A maioria das mulheres que pratica o futebol advém de classes mais baixas e é negra. Ao indicar esta relação, demonstramos a necessidade de enegrecer as narrativas sobre o futebol de mulheres no Brasil.


Assuntos
Humanos , Feminino , Futebol , Mulheres , População Negra , Esportes , Racismo
7.
Psicol. ciênc. prof ; 40: e242819, jan.-maio 2020.
Artigo em Português | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1143540

RESUMO

Resumo Para compreender o mundo contemporâneo é imprescindível voltar o olhar para a colonização das Américas e a escravização dos povos indígenas e negros, pois esses processos históricos e políticos construíram as estruturas das sociedades modernas. A partir da colonização produziu-se a racialização dos corpos, que estabeleceu uma hierarquia de vida e de morte. Logo, o racismo torna-se a base do direito de matar. O negro é fabricado como insígnia da morte, sendo desumanizado e submetido à violência racial-colonial e também à de gênero. Este ensaio se propõe a tecer reflexões sobre o modo como o racismo modula, e também é modulado, no contexto pandêmico da Covid-19, além de salientar um contínuo histórico de violências raciais que reencenam o passado colonial. Para isso, tomaremos como cerne do debate as experiências das mulheres negras, haja vista que suas posicionalidades nas estruturas de poder permitem observar e analisar as realidades sociais numa perspectiva contra-hegemônica e insurgente. Dispor as experiências das mulheres negras enquanto lócus privilegiado de produção de conhecimento sobre a realidade nacional brasileira alicerça o entendimento das consequências do racismo no tecido social, assim como visibiliza resistências históricas ao Estado genocida.


Abstract Looking back towards the colonization of the Americas and the enslavement of indigenous and black peoples is essential to understand the contemporary world, as these historical and political processes built the structures of modern societies. The colonization produced racialized bodies, establishing a life/death hierarchy. Thus, racism becomes the foundation of the right to kill. The black is manufactured as a death insignia, dehumanized and subjected to racial-colonial violence, as well as of gender. This essay aims to reflect how racism modulates and is modulated in the context of the Covid-19 pandemic, besides highlighting a historical continuum of racial violence that reenact the colonial past. To this end, black women's experiences comprise the core of the debate, as their role within the power structures allow us to observe and analyze social realities from a counter-hegemonic and insurgent perspective. By arranging black women's experiences as a privileged locus of knowledge production on the Brazilian reality, we may understand the consequences of racism based on the social fabric and expose historical resistance to the genocidal state.


Resumen Para entender el mundo contemporáneo es fundamental mirar la colonización de América y la esclavitud de los pueblos indígenas y de los negros, ya que estos procesos históricos y políticos han construido las estructuras de las sociedades modernas. La colonización conllevó la producción de una racialización de los cuerpos que estableció una jerarquía de vida y muerte. Por tanto, el racismo se convirtió en la base del derecho a matar. El negro se fabrica como insignia de la muerte, y es deshumanizado y sometido a violencia racial-colonial y de género. Este ensayo tiene como objetivo reflexionar sobre la forma en que el racismo modula, y también se modula, en el contexto pandémico de Covid-19, además de resaltar una historia continua de violencia racial que recrea el pasado colonial. Para ello, tomaremos las vivencias de las mujeres negras como eje del debate, dado que sus posiciones en las estructuras de poder nos permiten observar y analizar las realidades sociales desde una perspectiva contrahegemónica e insurgente. Disponer de las vivencias de las mujeres negras como un lugar privilegiado de producción de conocimiento sobre la realidad nacional brasileña sustenta la comprensión de las consecuencias del racismo en el tejido social, además de mostrar la resistencia histórica al Estado genocida.


Assuntos
Humanos , Feminino , Mulheres , Vida , População Negra , Pandemias , Racismo , Genocídio , Escravização , Povos Indígenas , Sociedades , Violência , Emblemas e Insígnias , Infecções por Coronavirus , História
8.
Arq. bras. psicol. (Rio J. 2003) ; 72(spe): 156-169, 2020.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1149130

RESUMO

Este artigo examina a violência obstétrica contra mulheres negras no Sistema Único de Saúde (SUS), partindo de experiências de estágio e extensão universitária em Psicologia, em maternidades públicas, de distintos níveis de complexidade, coadunadas a pesquisas de Iniciação Científica Pibic/CNPq. Em nossa cultura, as mulheres sempre foram corpos para reprodução e, há poucos séculos, passaram a ser subjugadas ao saber médico - sobretudo, da obstetrícia e ginecologia. A expropriação das mulheres, de seus corpos, de seus protagonismos reprodutivos, ratificada pelos homens da elite branca - cientistas - impactaram na assistência a elas prestada. O SUS, marcado por princípios como universalidade, equidade e integralidade, reproduz opressões, discriminações, violências e violações sobre os corpos femininos, especialmente sobre aqueles cujos tons se distanciam do modelo dominante. Para evidenciar a reprodução de racismo e machismos estruturais no SUS, tomamos a violência obstétrica como analisador.


This article examines obstetric violence against black women in SUS, starting from internship and university extension experiences in Psychology, in public maternity hospitals of different levels of complexity, coadunted to PIBIC/CNPq Scientific Initiation research. In our culture, women have always been bodies for reproduction and for centuries they have been subjugated to medical knowledge - especially obstetrics and gynecology. The expropriation of women from their bodies, their reproductive protagonisms, ratified by the men of the white elite - scientists - has impacted the assistance provided to them. The Unified Health System, marked by principles such as universality, equity and integrality, reproduces oppressions, discrimination, violence and violations over women's bodies, especially over those whose shades are far from the dominant model. In order to evidence the reproduction of racism and structural machisms in SUS, we take obstetric violence as an analyzer.


Este artículo examina la violencia obstétrica contra las mujeres negras en el SUS, a partir de experiencias de pasantía y extensión universitaria en Psicología, en maternidades públicas de diferentes niveles de complejidad, coadyuvadas a la investigación de la Iniciación Científica del PIBIC/CNPq. En nuestra cultura, las mujeres siempre han sido cuerpos para la reproducción y durante siglos han estado sometidas a los conocimientos médicos - especialmente de obstetricia y ginecología. La expropiación de las mujeres de sus cuerpos, de sus protagonismos reproductivos, ratificada por los hombres de la élite blanca - científicos - repercutió en la asistencia que se les prestó. El Sistema Único de Salud, marcado por principios como la universalidad, la equidad y la integralidad, reproduce la opresión, la discriminación, la violencia y las violaciones sobre el cuerpo de las mujeres, especialmente sobre aquellas cuyos matices están lejos del modelo dominante. Para resaltar la reproducción del racismo y el machismo estructural en el SUS, tomamos la violencia obstétrica como un analizador.


Assuntos
Violência , Mulheres , Sistema Único de Saúde , População Branca , Racismo , Androcentrismo , Obstetrícia
9.
RECIIS (Online) ; 13(4): 707-724, out.-dez. 2019. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1047501

RESUMO

Discutindo sob o viés interseccional, o artigo busca expor a problemática da invisibilidade midiática das mulheres negras youtubers dentro do contexto da cultura participativa. Identificamos e observamos canais de mulheres youtubers a partir do recorte das temáticas do feminismo e empoderamento feminino, e realizamos um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa, analisando as aproximações e distanciamentos dos canais a partir das categorias de alcance, interação e temática. Conclui-se que as youtubers negras interagem de forma mais significativa do que as youtubers não negras, o que não interfere no alcance dos canais, visto que as youtubers negras possuem dados de alcance inferior às youtubers não negras. Observamos que mesmo podendo atingir todas as mulheres, as falas das youtubers negras podem ser entendidas com enfoque na questão racial, enquanto isso, identificamos um discurso universal do 'ser mulher' nas falas das youtubers não negras, fator que pode contribuir para o alcance expressivo.


Discussing under the intersectional bias, the article seeks to expose the problem of media invisibility of black women youtubers within the context of participatory culture. We identified and observed channels of female youtubers from the cut of the themes of feminism and female empowerment, and we conducted a descriptive study with quantitative and qualitative approach, analyzing the approximations and distances of the channels from the reach, interaction and thematic categories. It is concluded that black youtubers interact more significantly than non-black youtubers, which does not interfere with the range of the channels, as black youtubers have lower range data than non-black youtubers. We note that even though it can reach all women, the black youtubers' speeches can be understood with focus on the racial issue, meanwhile, we identified a universal discourse of 'being a woman' in the non-black youtubers speeches, a factor that can contribute to the expressive reach.


Discutiendo bajo el sesgo interseccional, el artículo busca exponer el problema de la invisibilidad mediática de las youtubers negras en el contexto de la cultura participativa. Identificamos y observamos canales de youtubers mujeres a partir del corte de los temas del feminismo y el empoderamiento femenino, y realizamos un estudio descriptivo con enfoque cuantitativo y cualitativo, analizando las aproximaciones y distancias de los canales desde el alcance, la interacción y las categorías temáticas. Se concluye que las youtubers negras interactúan de manera más significativa que las youtubers no negras, lo que no interfiere con el rango de los canales, ya que las youtubers negras tienen datos de rango más bajos que las youtubers no negras. Observamos que, aunque puede llegar a todas las mujeres, los discursos de las youtubers negras se pueden entender con un enfoque en el tema racial, mientras que identificamos un discurso universal de 'ser mujer' en los discursos de las youtubers no negras, un factor que puede contribuir al alcance expresivo.


Assuntos
Humanos , Poder Psicológico , Feminismo , População Negra , Equidade de Gênero , Enquadramento Interseccional , Mulheres , Epidemiologia Descritiva , Webcast , Mídia Audiovisual , Mídias Sociais , Racismo
10.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (14): 40-65, agosto 2013.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-686732

RESUMO

O artigo analisa a atual mobilização das mulheres negras no Uruguai em torno de demandas ao poder público. Relacionam-se as construções dessas mulheres como sujeito político com outros processos da diáspora africana nas Américas. O corpus etnográfico está conformado por entrevistas e observações de campo sobre movimentos negros e as disputas pela implementação de políticas de ação afirmativa no Cone Sul. A análise é guiada pela crítica decolonial e pela perspectiva da interseccionalidade, para pensar como se entrecruzam e se potencializam eixos de opressão, assim como para visualizar uma ação política que gera processos de desconstrução das desigualdades. Ressalta-se a centralidade do corpo como expressão na luta política das mulheres negras, entendida neste texto como representações do "corpo colonial" que são mobilizadas na constituição desse coletivo como sujeito político.


Este artículo analiza la actual movilización en Uruguay de mujeres negras en torno a demandas al poder público. Se exponen asimismo las relaciones entre la construcción de estas mujeres como sujeto político y otros procesos de la diáspora africana en las Américas. El corpus etnográfico está conformado por entrevistas y observaciones de campo realizadas en movimientos negros y sobre las disputas por la implementación de políticas de acción afirmativa en el Cono Sur. El análisis está orientada por la crítica descolonial y por la perspectiva de interseccionalidad, con el propósito de pensar tanto cómo se entrecruzan y potencian ejes de opresión, cuanto para visualizar una acción política que genera procesos de deconstrucción de desigualdades. Se resalta además la centralidad del cuerpo en la lucha política de las mujeres negras, lo que en este texto se entiende como representaciones del "cuerpo colonial" movilizadas en la constitución de este colectivo como sujeto político.


This article analyzes the mobilization of organized Uruguayan black women, and the transformation of interweaved racial and gender inequalities into militant public demands. Their construction of a political subject relates to other processes among African diasporas in the Americas. The interviews and field observation come from doctoral research in Social Anthropology on black movements and the disputes over ethno-racial affirmative action policies in the Southern Cone (Brazil, Argentina and Uruguay). The theoretical perspective is informed by critical approaches to coloniality and intersectionality. We look at how different forms of oppression interweave and reinforce each other, and at how political action triggers the deconstruction of inequality. Along the research, the body emerged as the focus of black women's political struggle. Representations of the "colonial body" are at the core of the construction of black women as political subjects.


Assuntos
Humanos , Feminino , Política , Mulheres , População Negra , Ativismo Político , Identidade de Gênero , Uruguai , Participação da Comunidade , Sexualidade , Estado , Grupos Raciais , Direitos Humanos
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA